Vibrio parahaemolyticus

Vibrio parahaemolyticus

Caracterização

  • Vibrio parahaemolyticus é um bastonete, Gram-, encovado, fino e curto (1,5 – 1,5 x 0,5 um)
  • móvel por um único flagelo polar
  • é um anaeróbio facultativo
  • levemente halofílico, crescendo preferencialmente na presença de 3 a 6 NaCl
  • a gama de temperaturas de crescimento oscila entre 8 e 44°C, com o óptimo a 37°C
  • outra característica importante e a sua preferência por meios alcalinos, tendo certas estirpes o seu óptimo a pH 9,0. Todas as estirpes são extremamente termossensíveis sendo rapidamente mortas a 50°C
  • nem todas as estirpes são patogénicas. As que o são dão uma reacção Kanagawa positiva (lise das células vermelhas do sangue) e possuem um “factor tóxico” embora ainda não tenha sido demonstrada a presença de uma verdadeira enterotoxina

Sintomas

  • a indução dos sintomas de intoxicação exige a ingestão de 105 a 107 células viáveis
  • os sintomas aparecem 10-18h após a ingestão do alimento contaminado e consistem em náuseas, vómitos, dores abdominais, diarreia e febre baixa ocasional
  • a duração da doença e curta, 1 a 4 dias, a mortalidade nula. Não se conhecem portadores

Alimentos Mais Responsáveis

  • esta bactéria é quase exclusivamente encontrada em meio marinho
  • é mais abundante na época de verão, próximo das costas, na água do mar ou de estuários, nos sedimentos e em moluscos bivalves, crustáceos e peixes
  • o Japão, onde é habitual a ingestão de peixe cru, apresenta a maior taxa mundial de intoxicações por V. parahaemolyticus
  • durante muito tempo pensou-se que esta bactéria apenas aparecia no Extreme Oriente mas, mais recentemente, foi isolada em muitas outras regiões

Prevenção

  • a cozedura destrói facilmente esta bactéria, o que justifica a sua baixa incidência nas regiões onde os hábitos alimentares exigem cozer o peixe e os mariscos
  • a prevenção desta intoxicação passa por cozedura adequada dos alimentos marinhos; arrefecimento rápido e refrigeração ou congelação correcta e sem interrupções dos alimentos marinhos crus; atenção às possibilidades de contaminação cruzadas; sempre que possível importar os alimentos marinhos crus de modo a poder controlar o seu tratamento térmico

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