Subir IVA é “erro estratégico”, diz a distribuição

A APED (Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição) considera que a proposta do Orçamento do Estado para 2001 de subir o IVA de várias categorias de produto de 6% para 23% é uma “solução apressada” e um “erro estratégico, que recai sobre os produtos consumidos pelos portugueses dos escalões mais baixos”.

Uma medida que “afastará ainda mais Portugal de Espanha em termos de competitividade”, diz a APED em comunicado. Além disso, esta medida do Governo, segundo a APED, vai ter um “impacto muito significativo, tanto quantitativo como qualitativo, na actividade económica das empresas de distribuição e seus fornecedores, num momento que a economia do país atravessa momentos difíceis”.

Segundo as contas da APED, “a subida do escalão do IVA dos produtos alimentares traduzir-se-á em cerca de 120 milhões de euros de receita acrescida, que correspondem apenas a 12% do total de mil milhões de receita fiscal esperada, na sequência da globalidade das alterações a introduzir nas taxas de tributação deste imposto. No entanto, o peso da revisão das tabelas anexas, ao nível das taxas reduzida e intermédia, atinge fortemente o sector do retalho alimentar, pois representa dois terços do impacto da totalidade dos aumentos do IVA previstos no Orçamento de Estado”.

Por isso, as empresas de distribuição comprometem-se a “tudo fazerem para minimizar o impacto negativo para os portugueses do aumento da taxa normal mas, assume desde já, que será de todo impossível não reflectir nos preços os expressivos aumentos decorrentes das mudanças de escalão”.

Fonte: Anil

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