Sonae Distribuição critica fecho dos hipers ao domingo

Nuno Jordão, principal responsável da Sonae Distribuição, aponta o dedo aos benefícios retirados pelas cadeias Lidl e Minipreço pela não alteração da lei relativa aos horários de encerramento dos espaços comerciais de maior dimensão, referindo ser aquilo que considera uma “discriminação incompreensível”.

A Sonae Distribuição considerou “incompreensível” que cadeias internacionais como a alemã Lidl ou a francesa Minipreço continuem a ser beneficiadas face às grandes superfícies por via da determinação de encerramento dos hipermercados aos domingos e feriados à tarde. “Está-se a constranger, sem razão, a actividade do consumo”, sustentou Nuno Jordão, presidente da holding, considerando que “estímulos ao consumo não são maus, antes criam emprego”.

Falando à margem da cerimónia de inauguração do 34.º hipermercado Continente do País, em Valongo, o presidente da Sonae Distribuição afirmou que “o comércio tradicional é muito mais agredido por lojas de proximidade, como o Minipreço ou o Lidl, do que pelos hipermercados”., lembrando que a actual legislação “discrimina” negativamente mais de uma centena de hipermercados face a cerca de 1500 supermercados e outras superfícies comerciais, Nuno Jordão defende que “se deve deixar o consumidor escolher”.

A este propósito, recordou a petição entregue na Assembleia da República, com mais de 2500 assinaturas, defendendo a abertura dos hipermercados aos domingos e feriados durante todo o dia. “Nunca tinha entrado na Assembleia uma petição com 2500 assinaturas”, salientou, afirmando que “já por mais de uma vez os consumidores exprimiram a sua vontade”.

Para Nuno Jordão, “é consensual que não há argumentos para se manter a discriminação, mas o facto é que “ninguém aponta uma data” para que se altere a actual legislação. “Alguém tem de tomar uma decisão, seja o Estado central ou as autarquias”, sustentou. O presidente da Sonae Distribuição admitiu mesmo que se o assunto passasse para a alçada das câmaras municipais “a análise do problema seria muito mais rápida”.

Nuno Jordão considera que o argumento de promoção da coesão familiar com o encerramento dos hipermercados aos domingos e feriados “também não colhe” porque as famílias “vão na mesma ao shopping ao domingo”. Defende, por isso, que “a coesão familiar não vai ser beliscada” com a liberalização dos horários. Segundo salientou o presidente da Sonae Distribuição, a alteração da legislação permitiria a criação “de imediato” de muitos postos de trabalho e melhoraria os serviços prestados ao consumidor.

Fonte: Anil

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