Seca: 200 toneladas peixe vão ser retiradas de albufeiras do Alentejo e Algarve

A Empresa de Desenvolvimento e Infra- estruturas de Alqueva (EDIA) arrancou hoje com uma operação em que prevê retirar, nas próximas semanas, cerca de 200 toneladas de peixe vivo de seis barragens do Alentejo e Algarve.

O porta-voz da EDIA, Carlos Silva, explicou à Agência Lusa que a remoção dos peixes se destina a “evitar que morram devido à seca”, deteriorando a qualidade da água. A operação vai ser realizada nas barragens do Funcho (São Bartolomeu de Messines, Algarve), e nas alentejanas da Vigia (Redondo), Lucefecit (Alandroal), Vale do Gaio (Alcácer do Sal), Campilhas (Santiago do Cacém) e do Roxo (Beja).

De acordo com Carlos Silva, as 200 toneladas de peixe a retirar das seis barragens vão servir para fazer farinha e iscos e alimentar espécies cinegéticas como o javali.

Segundo o mesmo responsável, os trabalhos hoje iniciados surgiram na sequência de um pedido feito pelo Governo para que a empresa responsável pelo empreendimento de Alqueva colaborasse com a Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF).

Depois da intervenção na Barragem do Enxoé (Serpa), “o Governo pediu à EDIA para colaborar com a DGRFna retirada de peixe vivo em seis barragens no Alentejo e Algarve para evitar que morra devido à seca e prejudique a qualidade das águas”, disse.

“A operação vai permitir retirar a biomassa piscícola em excesso, para evitar que o reduzido caudal das albufeiras e as altas temperaturas levem à morte de peixes e à degradação da qualidade das águas”, acrescentou.

Depois de terem sido retiradas cerca de 20 toneladas de peixe vivo da Barragem do Enxoé, numa operação que terminou domingo, a EDIA começou hoje uma nova operação em quatro barragens.

Nos próximos dez dias, segundo Carlos Silva, oito equipas de pescadores profissionais, duas em cada albufeira, vão retirar peixe vivo das barragens do Funcho (São Bartolomeu de Messines), no Algarve, Vigia (Redondo), Lucefecit (Alandroal) e Vale do Gaio (Alcácer do Sal), no Alentejo.

Depois de concluída a operação nestas quatro albufeiras, segue-se a retirada de peixe nas barragens de Campilhas (Santiago do Cacém) e do Roxo (Beja).

A Barragem de Campilhas, que actualmente está a cerca de 14 por cento da capacidade máxima, será esvaziada até ao final da campanha de rega, ficando apenas com uma “capacidade morta”.

A Barragem do Roxo, que abastece as populações de Beja e Aljustrel, foi alvo de uma primeira intervenção da DGF em Maio, tendo sido retiradas nove toneladas de peixe vivo em cinco dias.

A intervenção nestas albufeiras pretende evitar que ocorra nestas barragens a mortandade que ocorreu na Barragem do Monte da Rocha (Ourique), onde, durante sete dias, foram retiradas mais de cem toneladas de peixe morto.

Fonte: Agroportal

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