São Tomé e Príncipe: Vendedores ambulantes protestam contra proibição vendas

Cerca de quatro centenas de vendedores ambulantes são-tomenses manifestaram-se hoje nas ruas de São Tomé contra a proibição imposta à venda nas ruas pelo governo de Damião Vaz d+Almeida, devido ao surto de cólera registado na capital.

Os manifestantes, que partiram da Feira do Ponto, percorreram as principais ruas da capital, concentrando-se depois junto do Palácio do Governo, onde reclamaram um espaço para comercializarem os seus produtos.

“Povo põe, Povo tira. Queremos espaço para vender” foi a palavra de ordem mais gritada pelos manifestantes, enquanto a polícia formou um cordão de segurança, reforçado por carros de bombeiros, prevenindo uma hipotética invasão do palácio.

A manifestação decorre seis dias depois das autoridades camarárias terem proibido a venda na rua de produtos alimentares de consumo directo face à epidemia de cólera que atinge sobretudo a capital são-tomense.

Contactado pela Agência Lusa, Antero Gaspar, um dos vendedores manifestantes sublinhou que eles não têm culpa no surgimento da cólera.

“Também queremos viver. Por isso, o governo tem de encontrar uma solução”, acrescentou.

Além de proibição de venda de vegetais, peixe e carne, entre outros produtos, a câmara de Água Grande, a que pertence São Tomé proibiu também a comercialização de bebidas, bem como alimentos sem qualquer protecção contra moscas.

Declarada oficialmente há pouco mais de uma semana, a epidemia de cólera surgiu no Bairro do Hospital e em Ferreira do Governo, na capital são-tomense, tendo causado três mortos em cerca de uma centena de casos registados.

Em 1989, num outro surto de cólera registado no arquipélago, morreram dezenas de pessoas.

Fonte: Lusa

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