Pesca: Bruxelas pede melhorias urgentes face a aumento de infracções à política comum

As infracções às regras da política comum da pesca (PCP) aumentaram de 6756 em 2002 para 9502 em 2003, revela um relatório anual da Comissão Europeia, divulgado hoje. Bruxelas apela a melhorias urgentes e a esforços para dissuadir potenciais infractores, face ao aumento “significativo” destes valores.

“Um melhor cumprimento das regras é fulcral para uma pesca sustentável”, afirmou Joe Borg, comissário responsável pelas pescas e assuntos marítimos. “A infracção das regras da PCP tem um custo biológico, económico e social”, acrescentou.

De acordo com o relatório, cinco Estados membros – Portugal, Espanha, Itália, Grécia e França – detectaram 88 por cento das infracções comunicadas, como o exercício não autorizado da pesca e exercício sem licença.

Em 84 por cento dos casos foram aplicadas sanções, entre elas a apreensão das artes de pesca.

A Comissão Europeia está insatisfeita também com as “deficiências persistentes na qualidade e uniformidade da colheita e comunicação dos dados (…) por parte dos Estados membros”.

O relatório mostra ainda que existem diferentes substanciais entre as coimas aplicadas nos vários países (282 euros na Finlândia e 77.922 no Reino Unido) e que os valores são demasiado baixos para serem dissuasores.

A execução mais uniforme e eficaz das regras foi considerada pelos interessados como uma das prioridades da reforma da PCP de Dezembro de 2002. “Uma maior transparência é crucial neste processo, que será também reforçado pela Agência Comunitária de Controlo das Pescas, que terá a sua sede em Vigo (Espanha), e pelos Conselhos Consultivos Regionais”, conclui a Comissão.

Fonte: PUBLICO.PT

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