PSD não exclui hipótese de aumentar o IVA

Segundo a imprensa, as verbas do não congelamento de pensões serão compensadas com o aumento do IVA para “24 ou 25%”. O PSD diz que só será possível ao próximo Governo evitar o agravamento de impostos, se o quadro financeiro descrito pelo actual Executivo corresponder à realidade.

Em declarações à Renascença, Diogo Leite de Campos não se mostra optimista: “Nós sabemos que aquela situação que o Governo diz que é, não é aquela que existe exactamente. Nós vamos ter de ver o estado financeiro em que o país foi deixado. Eu lembro, por exemplo, que o défice do ano passado vai aumentar para 8%; que a Comissão Europeia e o Eurostat sabem que o Governo está a ocultar despesas e a desornamentar despesas.”

O vice-presidente do PSD considera que foi o “descontrolo da despesa pública do Governo” que levou à necessidade de apresentação de um PEC 4.

Caso vença as eleições antecipadas e seja nomeado primeiro-ministro, depois de José Sócrates ontem ter pedido a demissão do cargo, Pedro Passos Coelho não irá congelar as pensões mais baixas, mas em contrapartida pensa em aumentar as taxas do IVA. Segundo a edição impressa do “Correio da Manhã”, as verbas do não congelamento de pensões serão compensadas com o aumento do IVA para “24 ou 25%”.

O PSD tenciona apresentar ao Parlamento um conjunto de medidas que considera necessário adoptar antes ainda da realização de eleições. Diogo Leite Campos espera boa vontade dos restantes partidos, incluindo da bancada socialista.

Impostos só sobre o consumo
O porta-voz dos sociais-democratas esclareceu que, a ser necessário, o PSD só admitiria mexer em impostos sobre o consumo, excluindo mexer em impostos sobre o rendimentos e nas pensões e reformas.

À agência Lusa, Miguel Relvas disse que a ser necessário, só consideraríamos mexer em impostos sobre o consumo e não nos impostos sobre o rendimento das pessoas e nem nas pensões e reformas dos sectores mais degradados e carenciados, como previa o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) do PS”.

“O combate ao défice não pode ser feito com medidas de impacto sobre os mais desfavorecidos do nosso país”, defendeu o secretário-geral do PSD.

Fonte: Anil

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