Obesidade no mundo duplicou em 30 anos

Estudo publicado na revista “The Lancet”

Em apenas trinta anos, a prevalência da obesidade quase duplicou, atingindo actualmente 500 milhões de adultos no mundo inteiro, segundo um estudo publicado na revista britânica “The Lancet”, citado pela agência Lusa.

Os investigadores – Majid Ezzati, do Imperial College de Londres, e Salim Yusuf e Sonia Anand, do Instituto de Pesquisa da População de Hamilton, no Canadá – estudaram o excesso de peso em todo o mundo entre 1980 e 2008 em pessoas com mais de 20 anos. Em 28 anos, o Índice de Massa Corporal (IMC) aumentou tanto nos homens como nas mulheres. No mundo inteiro, 1,46 mil milhões de adultos têm excesso de peso e a prevalência da obesidade quase duplicou, atingindo 205 milhões de homens e 297 milhões de mulheres, ou seja, 9,8% dos homens e 13,8% das mulheres.

De acordo com o mesmo estudo, foi em Nauru, uma ilha com 14 mil habitantes, situada no Pacífico Sul, que os investigadores registaram, em 2008, o maior IMC: 33,9 entre os homens e os 35 entre as mulheres. Já em 1980 era nesta ilha que se verificavam os maiores níveis de obesidade (28,1 nos homens e 28,3 nas mulheres). Referem os investigadores que, a obesidade é norma em diversas ilhas e arquipélagos da Oceânia, como as ilhas Cook, Tonga, Samoa ou Polinésia Francesa.

Já nos países ricos, os EUA, que registaram um forte aumento desde 1980, têm o maior IMC (mais de 28), seguindo-se a Nova Zelândia. Nos antípodas desta situação, o Japão tem o IMC mais baixo (22 para as mulheres e 24 para os homens). Caso único na Europa Ocidental e raro no mundo, o IMC baixou entre as mulheres italianas nestes 28 anos e também aumentou muito pouco na Bélgica, na Finlândia e em França.
Os autores do estudo destacam que o excesso de peso e a obesidade, a hipertensão e o alto nível de colesterol já não são só problemas de países ricos e alastraram a outros países mais pobres.

Fonte: Saúde na Internet

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