Obesidade dispara com crise económica

O stress causado pela insegurança económica aumenta as possibilidades de desenvolver obesidade, segundo uma investigação realizada pela University of Oxford, no Reino Unido, publicada na “Economics and Human Biology”.

Na investigação, liderada por Avner Offer, professor de história económica, foram analisados onze países ricos com sistemas económicos diferentes. Os resultados revelam que nos países em que impera o regime económico de livre mercado, com economias muito competitivas e menor presença ou ausência do simples estado de bem-estar, os índices de obesidade triplicam.

Em concreto, o estudo comparou quatro países com sistemas de mercado liberais – EUA, Reino Unido, Canadá e Austrália – com sete países europeus que, tradicionalmente, contam com maior protecção social: Finlândia, França, Alemanha, Itália, Noruega, Espanha e Suécia. Os resultados indicaram que os americanos e britânicos são muito mais propensos a desenvolver obesidade que os noruegueses ou os suecos.

Segundo explicou Offer, em comunicado, “as políticas para reduzir os níveis de obesidade tendem a focar-se em alertar as pessoas a cuidarem de si, mas este estudo sugere que a obesidade tem causas sociais mais complexas”. Mesmo assim, para descartar outros factores, a equipa de investigadores teve em conta a disponibilidade de alimentos de alto conteúdo calórico, como cadeias de “fast food” e supermercados. Nesse sentido, os investigadores mediram o impacto do “fast food“, usando o índice de preço criado pelo “The Economist”, que mostra as variações internacionais no preço do menu “Big Mac” da cadeia alimentar de fast-food “McDonalds”.

As conclusões referem que “a disponibilidade de fast food tem metade do efeito da insegurança económica sobre a prevalência da obesidade. A influência mais poderosa que descobrimos sobre os níveis de obesidade é a insegurança”.

Fonte: Saúde na Internet

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