Moçambique: Mais de 200 mil unidades agrícolas familiares afectadas pela seca

Mais de 200 mil unidades agrícolas pertencentes ao sector familiar foram afectadas pela seca durante a campanha 2004-2005 em Moçambique, prejudicando os resultados globais da campanha, anunciou hoje fonte governamental.

Segundo dados preliminares divulgados pela Direcção Nacional de Agricultura, a seca neste período comprometeu seriamente a produção nas zonas afectadas, nomeadamente no centro do país.

Inicialmente, previa-se uma produção de 2,1 milhões de toneladas de cereais, 336 mil de leguminosas e 6,5 milhões de mandioca, disse o secretário permanente do Ministério da Agricultura, Tomás Bernardino.

Segundo este, já existe uma estratégia de atenuação dos efeitos deste fenómeno para contrariar a vulnerabilidade permanente a que o país está sujeito.

O Ministério da Agricultura, indicou, prevê para breve a criação de uma equipa multidisciplinar para o desenho de um programa de acção.

“Anualmente, Moçambique apresenta bolsas de fome devido à estiagem ou seca, facto que obriga as autoridades a fazerem intervenções dirigidas para a mitigação dos efeitos. Caso haja uma estratégia permanente, esta situação poderá não se repetir”, disse.

Tomás Bernardino considerou necessário o plantio de mandioca, mais resistente à seca e que, “apesar de não garantir uma boa nutrição, assegura a sobrevivência das populações” afectadas pela fome.

O governo moçambicano pretende sensibilizar os sectores de comercialização para a compra de excedentes nas zonas potencialmente produtivas, de modo a alimentar as restantes zonas deficitárias.

Fonte: Lusa

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