Portugal só irá conhecer quais são os seus novos hábitos alimentares em 2010, quando ficar concluído o primeiro inquérito do género desde o único realizado no país sobre a questão em 1980.
Ouvido pela TSF, o coordenador da Plataforma contra a Obesidade explicou a conclusão deste inquérito só estará pronta nesta altura, uma vez que já passaram muitos anos e as metodologias são agora diferentes.
«Obriga a fazer algo de completamente novo. É um inquérito que tem outras complicações porque em termos metodológicos é muito mais sofisticado, é muito grande e é muito caro», adiantou João Breda.
Este responsável recordou que este instrumento é muito necessário para a formulação de políticas certeiras contra a obesidade e que este terá de ser repetido de quatro em quatro ou de cinco em cinco anos.
«Na verdade, há uma série de organismos até internacionais que nos pedem dados sobre a ingestão alimentar dos portugueses e naturalmente vamos ter de o ter brevemente», explicou.
Já a presidente da Associação Portuguesa de Nutricionistas admitiu que este estudo é caro, mas que sem ele é impossível conhecer a realidade do país nesta questão e combater a obesidade, em particular, nos jovens.
«É preciso saber o que as pessoas estão a comer nas várias faixas etárias, quais são os hábitos alimentares e as preferências e como se organizam o dia alimentar na população portuguesa», lembrou Alexandra Bento.
Também ouvida pela TSF, Alexandra Bento chamou à atenção para a necessidade da existência de mais nutricionistas em estruturas de saúde como os centros de saúde, onde é costume fazer prevenção, e hospitais.
Fonte: TSF