Identificada nova molécula na regulação do apetite e metabolismo

Estudo publicado na “PLoS Biology”

Investigadores americanos encontraram mais evidências que reforçam a associação entre a obesidade e os factores genéticos, dá conta um estudo publicado na “PLoS Biology”.

Enquanto estudavam, em ratinhos, os receptores hormonais, os investigadores da Mayo Clinic’s na Flórida, EUA, e da Washington University School of Medicine identificaram uma molécula responsável pela regulação do apetite e do metabolismo.

Após terem manipulado geneticamente ratinhos para não expressarem o receptor da lipoproteína LRP1, no hipotálamo, os investigadores observaram que, passados seis meses, estes animais começaram a comer descontroladamente e a ganhar peso rapidamente, um fenómeno que foi associado com a diminuição da expressão do LRP1 no sistema nervoso central.

Os investigadores também constataram que, aos 12 meses de idade, os ratinhos que não expressavam o receptor LRP1 tinham, em comparação com os ratinhos de controlo, o dobro da gordura, falta de energia e eram insulino-resistentes. Guojun Bu, um neurocientista da Mayo Clinic’s explicou em comunicado enviado à imprensa que “estes resultados indicam que o LRP1 ─ que desempenha um papel importante no metabolismo dos lípidos ─, também regula a quantidade de alimentos ingeridos e o equilíbrio de energia no sistema nervoso central dos adultos”.

O estudo revelou que o LRP1, o principal transportador de lípidos e proteínas nas células do cérebro, necessita de trabalhar em conjunto com o receptor da leptina para transmitir os sinais desencadeados pela leptina. Esta hormona está envolvida no armazenamento e no metabolismo dos lípidos, resultando em estados de letargia ou energia, respectivamente. Em condições normais, a leptina, que é produzida quando os lípidos são metabolizados, envia sinais ao cérebro para que o apetite diminua.

Perante estes resultados, Guojun Bu revela que será possível desenvolver um tratamento que aumente a expressão de genes que codificam um ou ambos os receptores da proteína, que por sua vez aumentam os sinais enviados ao cérebro para diminuir o apetite.

Fonte: Saúde na Internet

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