Gripe das Aves: Especialistas e decisores mundiais acertam planos contra pandemia

Mais de quatro centenas de especialistas e decisores reúnem-se a partir de hoje em Genebra para acertarem uma estratégia de combate à gripe das aves e se prepararem para uma eventual pandemia da doença no homem.

Até 09 de Novembro, a primeira conferência internacional sobre a gripe das aves juntará especialistas em saúde animal e humana, ministros da Saúde e Agricultura, economistas e representantes da indústria, por iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), Organização Mundial para a Saúde Animal (OIE) e Banco Mundial.

A premissa do encontro é enfrentar a gripe e o vírus H5N1, primeiro controlando a doença nas aves.

“Existe ainda uma janela de oportunidade para reduzir substancialmente o risco de uma pandemia humana a partir do vírus H5N1, controlando-o na sua origem, os animais”, afirmou o responsável da FAO, Joseph Domenech.

A OIE recomenda a vacinação massiva das aves domésticas nos países mais pobres e vai apresentar em conjunto com a FAO um plano de acção urgente, estimado em 147 milhões de euros.

Aquelas organizações internacionais salientam que apenas 25 milhões de euros foram reunidos pelos países doadores, o que consideram “uma gota de água”.

Os esforços dos especialistas vão concentrar-se também na melhor maneira de identificar rapidamente os casos de gripe em animais ou em humanos.

A falta de acesso a medicamentos antivirais em alguns países e as dificuldades de produção de vacinas serão também assuntos em foco na conferência.

A responsável da OMS para a questão da gripe das aves, Margaret Chan, afirmou que “esta é a primeira vez na História humana” em que o homem de pode “preparar para uma pandemia antes que esta chegue”, por isso é “urgente que a comunidade global aja agora”.

A doença apareceu em 2003 no sudeste asiático, onde se tornou endémica e atingiu 122 pessoas naquela parte do mundo, matando 62.

A gripe das aves ameaça agora a Europa, seguindo a rota das aves migratórias e pode mesmo ameaçar o continente africano.

Fonte: Agroportal

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