Cem mil portugueses estão classificados como “fundamentais para o país”, dado os cargos que ocupam, e por isso irão receber anti-virais em caso de pandemia provocada pelo vírus da gripe das aves, anunciou a sub-directora geral da Saúde.
Graça Freitas falava numa sessão sobre os cenários pandémicos da gripe, durante a qual anunciou que a Direcção-Geral da Saúde realizou um levantamento sobre os trabalhadores que são considerados prioritários para o país.
Trata-se de profissionais de saúde, responsáveis que trabalham em sectores como o fornecimento de electricidade, água, gás ou alimentos e ainda outros como as forças de segurança, especificou Graça Freitas.
Estes portugueses constam de um esquema profilático prolongado que consiste na toma durante seis semanas do anti-viral considerado mais eficaz para combater a gripe humana provocada pelo vírus H5N1 (oseltamivir).
Este medicamento ainda não está em Portugal, pois está incluído na reserva estratégica que assegurará a administração de oseltamivir a 25 por cento da população (mais os cem mil portugueses prioritários) e que deverá chegar ao país no segundo semestre deste ano.
Actualmente Portugal tem uma reserva de 11 mil tratamentos completos de osltamivir.
De acordo com Graça Freitas, Portugal está ainda a avaliar propostas de empresas farmacêuticas que estão a investigar a vacina contra o H5N1.
Tal como a maioria dos outros países, Portugal pode efectuar uma reserva para assegurar que assim que o vírus sofra uma mutação que permita a transmissão entre humanos e que seja descoberta a respectiva vacina, se torne possível a sua aquisição.
Graça Freitas disse ainda que as recomendações técnicas apontam para a vacinação universal em Portugal, assegurando que todas as pessoas a viver em Portugal poderão ser vacinadas.
Fonte: Agroportal