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Algumas direcções regionais de Agricultura, sobretudo a do Algarve, mas também a de Trás-os-Montes, excederam-se ao aprovar planos de intervenção no âmbito do Programa Agris, nos últimos dias do mandato do anterior Governo, acusou, ontem, o ministro da Agricultura, no Algarve.
Durante a apresentação das zonas de intervenção florestal (ZIF), aprovadas no último Conselho de Ministros para permitir uma gestão conjunta de pequenas propriedades florestais, Jaime Silva precisou que a Direcção Regional do Algarve aprovou 12 planos de intervenção do programa de apoio ao desenvolvimento agrícola e florestal, um dia antes de ser nomeado um novo director regional. “Tendo-se anunciado que iria haver uma nomeação na Direcção Regional”, “o anterior director decidiu, à ultima hora, exceder-se na aprovação de projectos”, afirmou. Jaime Silva disse, mesmo, que não abdicará de fazer auditorias, atendendo ao facto de o anterior director regional de Agricultura do Algarve, José Paula Brito, ser, ao mesmo tempo, presidente de uma Junta de Freguesia, entidade promotora de planos de intervenção.
Face ao volume de projectos aprovados nos últimos dias de Governo, o titular da Agricultura referiu que eles ainda têm de ser homologados pela tutela, “que se reserva o direito de não homologar o que considerar excessivo”.
Para já, Jaime Silva mandatou as actuais direcções regionais para não aprovar mais projectos antes de fazer o inventário para ver onde é que o dinheiro foi aplicado. “Esses problemas vão ser rectificados sem dramas, a par de outras decisões que anulei, como a excessiva aprovação de projectos, em vésperas de tomada de posse de Governo”, disse.
Fonte: JN
