O queijo flamengo integra o sector nacional num duelo luso-francês, de um Lado a Bel e do outro a Lactogal.
A Bel lidera o mercado através da Lacto Ibérica com uma quota aproximada de 22 por cento e a Lactogal, com uma capacidade fabril idêntica, conta com uma vantagem competitiva detendo um universo de marcas que lhe permite desafiar a rival.
A Lactogal é fornecedora integral de uma gama completa de produtos lácteos que negoceia com as grandes superfícies sem excluir outras marcas de queijos, no entanto, a Bel beneficia de um portefólio de queijos mais alargado, incluindo a marca que deu fama a este grupo, La vache qui ri, o que condiciona a estratégia comercial da Lactogal.
De referir a resistência da Bel ao ataque pelo preço do seu concorrente e o beneficio da notoriedade da marca líder – Limiano – na ocasião da deslocalização da fábrica de Ponte de Lima.
O consumo de queijo em Portugal subiu cinco por cento mas a categoria flamengo continua em queda. Curiosamente e apesar da crise os portugueses preferem produtos mais caros ou importados, estando o sector deficitário com exportações residuais e as exportações a valerem 150 milhões de euros.
As fábricas queijeiras consomem muito leite para a produção dos queijos, sendo o arquipélago dos Açores uma região estratégica para os dois grupos tendo em conta o baixo preço do leite.
Duas das quatro fábricas da Lactogal funcionam na Graciosa e Terceira, enquanto que a Bel concentra a produção em Vale de Cambra e, mais recentemente, em S. Miguel.
Fonte: Lactogal