Moura: Abate de suínos continua hoje

O abate de dois mil porcos numa exploração pecuária do concelho de Moura, onde foi detectado o foco de uma doença não contagiosa para o homem, é retomado hoje, mantendo-se no local um dispositivo policial permanente da GNR.

A operação de abate dos animais começou ontem de manhã e foi interrompida, para ser retomada hoje, mas os militares da GNR envolvidos no perímetro de segurança vão manter-se no local.

Em declarações à agência Lusa, o capitão Manuel Jorge, da Brigada Territorial nº 3 da GNR, explicou que o dispositivo policial “é permanente e envolve 18 militares”.

“Por indicação da Direcção-Geral de Veterinária (DGV), montámos um dispositivo policial, em permanência, e estabelecemos um perímetro de segurança muito próximo, que circunda a exploração pecuária, com interdição dos acessos”, disse.

A mesma fonte da GNR acrescentou que, para já, “a preocupação é controlar o foco da doença na exploração e garantir que a operação de abate dos animais é realizada sob rigorosas medidas de segurança”.

“O perímetro de segurança vai manter-se enquanto decorrer a operação de abate e o enterro dos animais em valas, na própria herdade”, precisou.

Contactado pela Lusa, João Ramos, vereador na Câmara Municipal de Moura, explicou que a autarquia apenas está a dar apoio logístico à operação de abate dos porcos, em função do solicitado pela DGV.

A Direcção-Geral de Veterinária revelou hoje ter detectado um foco da doença vesiculosa dos suínos numa exploração pecuária, com dois mil porcos, na freguesia de Santo Aleixo da Restauração, concelho de Moura, distrito de Beja.

A existência de “resultados positivos a anticorpos do genoma do vírus da doença vesiculosa dos suínos” foi descoberta pelo Laboratório Nacional de Investigação Veterinária (LNIV), no âmbito de uma acção de vigilância realizada a 10 de Junho, refere a DGV, em comunicado.

Os técnicos do LNIV fizeram ainda levantamentos em quatro outras explorações existentes num raio entre três a 10 quilómetros, não tendo sido detectados sinais clínicos da doença.

Na exploração onde foi detectado o foco, a DGV determinou o sequestro e abate de todos os animais e a delimitação de uma área de vigilância que abrange parcialmente território espanhol.

O Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (MADRP) adiantou à Lusa que vai “pagar ao criador” afectado os porcos que vierem a ser abatidos, embora não tenha especificado a quantia a atribuir por cada animal.

O vírus em causa atinge exclusivamente porcos e javalis, “não representando qualquer tipo de risco para a saúde humana seja por contacto com animais infectados ou pelo consumo de carnes”, garante a DGV.

Fonte: Agroportal

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