Cientistas mexicanos criam “super milho” com o dobro das proteínas

A Universidade de Guadalajara (UdG) e o Grupo Industrial Michel (GIM) apresentaram quarta-feira uma variedade de milho com o dobro de proteínas do que o grão normal, que será utilizado para produzir aperitivos.

O reitor da UdG, Ignacio Padilla, e o director de GIM, Ignacio Michel, disseram em conferência de imprensa que depois de vários anos de investigação foram desenvolvidas três variedades de milho com alto conteúdo de proteínas, uma das quais se pode comercializar.

A partir desta variedade que será patenteada pela Universidade de Guadalajara como MAGV-UDG-06, serão industrializados produtos, aperitivos, cereis, tortilhas e “atoles” (bebida quente à base da farinha de milho) que, de acordo com os seus criadores “contribuirão para “combater a desnutrição”.

“Estes grãos trazem uma alternativa significativa para melhorar a alimentação, ao produzir um híbrido que contém até 90 por cento da proteína contida no leite”, assegurou Padilla.

Acrescentou que a colaboração dos investigadores desta universidade com o Grupo Michel permitiu o fabrico de produtos que agora são guloseimas nutritivas elaboradas com milho com alta qualidade de proteína.

Por seu lado, Michel assegurou que a criação desta variedade de grão, que qualificou como um “super milho”, constitui “uma opção real de nutrição e um são desenvolvimento para os consumidores”.

Salvador Mena, investigador que coordenou o projecto, disse que o desenvolvimento destas três variedades de grão começou em 2002 em coordenação com o Centro Internacional de Melhoria de Milho e Trigo.

Mena explicou que o precursor destas novas variedades de milho é o chamado Opaco-2, um grão descoberto em 1964 e que despertou interesse porque se descobriu que continha “genes modificadores”.

O cientista acrescentou que com o apoio do GIM se começou a trabalhar de maneira “sistemática” na modificação do Opaco-2. o que permitiu desenvolver as três novas variedades.

Esclareceu que o desenvolvimento destes grandes híbridos não é “transgénico” e que o seu rendimento médio é de oito toneladas por hectare, semelhante ao milho normal.

Fonte: Confragi

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