Cereja do exterior invade o mercado

Queixa Produtores reclamam ajudas

O país está a ser invadido por cerejas de Espanha e também do Norte de África, em especial, de Marrocos e da Tunísia, segundo alerta Maria de Lurdes Falcão, produtora de Alfândega da Fé.

A mesma ideia é subscrita por João Carlos Figueiredo, presidente da Câmara Municipal local, para quem 60% da cereja que chega ao mercado é proveniente do estrangeiro.

Os produtores queixam-se de dificuldades no escoamento do produto, não pela sua quantidade ou qualidade – que consideram muito boas -, mas por recearem que o calibre seja inferior ao dos anos anteriores, colocando-a em desvantagem perante a concorrência.

Esperam que no próximo ano já possam usufruir de novas condições de embalamento, aguardando que a empresa municipal vocacionada para vender os produtos da terra (a EDAF) já esteja com toda a estrutura devidamente montada.

Até lá, pedem ao Governo apoios para a divulgação e promoção da cereja, que é produzida em “método biológico”, sob pena de o sector entrar em “crise profunda” naquele concelho.

Crise em perspectiva

Os produtores gostariam, por outro lado, que as grandes superfícies comerciais ajudassem a escoar a produção nacional, apesar de admitirem que a cereja estrangeira possa ser mais barata. Caso contrário, dizem ter de enfrentar uma situação “drástica”, com a agravante de a mão-de-obra transmontana ser “muito mais cara”.

Mantêm, ainda, a esperança de ver constituída uma associação sectorial para melhor defender os interesses dos produtores.

Fonte: JN

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