Segurança Alimentar Desde 2004 a tratar da Segurança Alimentar em Portugal
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A Casa do Douro renegociou a dívida com o Banco Português de Negócios, mediante um novo contrato de 27,5 milhões de euros, com uma taxa de juro de 6,75% e um prazo de seis anos, a partir de Abril de 2007. No total, e atendendo às despesas e à cláusula penal de 4% de juros em caso de mora, o montante máximo garantido passa a ser de aproximadamente 37,4 milhões de euros. Uma “consolidação da dívida” que permite uma “análise mais fria e serena” do dossier da venda dos vinhos, refere o presidente da instituição duriense.
Recorde-se que o BPN tem uma penhora sobre 18 mil pipas de vinho do Porto da Casa do Douro e que em Outubro recebeu uma proposta conjunta da Sogrape, grupo Symington e Gran-Cruz para a aquisição das mesmas por 19,6 milhões de euros. Um negócio que, a concretizar-se, poderia colocar em risco a estabilidade do sector, cujas vendas têm vindo a crescer em valor mas a cair em volume.
A dívida da Casa do Douro ao BPN rondava 24 milhões de euros no final de 2004, em resultado de intervenções na vindima realizadas nos anos de 1999, 2000 e 2001. “Incomoda que seja só a produção a pagar os erros do interprofissionalismo”, queixa-se um viticultor.
Manuel António Santos, presidente da instituição, lembra que os stocks são o seu “único meio de realizar receitas para pagar as dívidas”, além de, “por lei, só poderem ser vendidos aos exportadores”. Por isso pergunta “Que mecanismos, que meios temos para pagar as dívidas se não nos comprarem vinho? O Estado também está envolvido nesta responsabilidade, gostaríamos que todos nos respondessem”, sublinha.
O ministro da Agricultura diz-se apologista da co-responsabilização do sector. “Há protocolos e são para cumprir. Num cenário de austeridade, há que viver com o dinheiro que temos e geri-lo da melhor forma possível. Há limites para se estar à espera que alguém venha intervir. Não vou criar ilusões nessa matéria”. Manuel António reage “Não pretendemos viver acima das nossas posses. Nós nem temos dinheiro nenhum!”
Fonte: DN
