Carne alentejana prevê facturar 7,5 ME este ano

O agrupamento de produtores Carnalentejana espera obter uma facturação de 7,5 milhões de euros este ano, um valor onde as exportações para o Luxemburgo têm um peso reduzido, disse hoje o seu responsável.

Fernando Carpinteiro Albino explicou à agência Lusa que, apesar dos limites na produção, o final do embargo aos bovinos portugueses permitiu já a presença da Carnalentejana no Luxemburgo, através do grupo Auchan (Jumbo, Pão de Açúcar).

“Como temos limites ao aumento de produção, a subida das vendas também é limitada e apostamos na internacionalização, mas paulatinamente”, explicou.

O agrupamento diz não ter interesse em promover “demais” a carne de bovino alentejana DOP (Denominação de Origem Protegida), “dando origem a uma situação em que a procura seja muito superior à oferta”, mas é importante dar a conhecer a marca portuguesa.

Ainda assim, “há hipóteses de vir a estar em Espanha”, com o El Corte Inglês, e “já existem contactos” com a Polónia, através da cadeia Biedronka, do grupo Jerónimo Martins, avançou Carpinteiro Albino.

A produção de carne bovina alentejana de origem protegida sobe entre oito e nove por cento por ano, tendo passado de vendas de seis milhões de euros em 2003, para 6,5 milhões no ano passado, prevendo chegar aos 7,5 milhões este ano.

O primeiro trimestre deste ano correu bem e a facturação apresentou uma subida de 10 por cento, acrescentou o presidente da Carnalentejana.

Como produto DOP, a Carnalentejana tem de cumprir um conjunto de exigências, controladas por “organismos de certificação independentes e imparciais”.

Uma das regras é o número de cabeças de gado por hectare, por isso o aumento de produção só é obtido através da entrada de novos membros no agrupamento, como referiu o presidente da Carnalentejana.

Actualmente são 118 os produtores associados com explorações distribuídas pelo Alentejo, principalmente no distrito de Portalegre, com cerca de oito mil vacas e uma produção de 60 novilhos por semana.

Em 2004, foram certificadas cerca de 900 toneladas de Carnalentejana.

Carpinteiro Albino sublinha a importância dada pela Carnalentejana à segurança alimentar, “garantida pela dupla certificação” dos produtos.

Uma informação dos produtores refere que a qualidade da carne é garantida pelas “condições estritas de identificação animal, sanidade, assistência veterinária, alimentação e abate, assim como a transformação, embalagem e acondicionamento das peças”.

O agrupamento, criado em 1992, dirige esforços para a inovação, uma forma de se adequar às exigências do mercado, e lançou no ano passado quatro novos produtos refrigerados e embaladas na forma de carne picada, almôndegas, hambúrgueres e salsichas, todos identificados com o símbolo DOP.

A Carnalentejana está em várias lojas das cadeias Jumbo, Pão de Açúcar, Continente, Modelo, El Corte Inglês, Feira Nova, Pingo Doce e Leclerc.

Fonte: Agroportal

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