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Em 2006, o “Cabeço das Nogueiras” foi eleito o melhor azeite nacional. Um ano antes, tinha conquistado o primeiro lugar internacional. Em 2007, a Sociedade Agrícola Ouro Vegetal, detentora da marca, vai investir numa unidade de extracção, embalamento e comercialização em Abrantes. Espera, assim, produzir mais quantidade, embora a prioridade seja a qualidade.
Liderada por Ilídio Francisco e Alberto Gomes, a empresa tem apenas três anos e um percurso fulgurante. Uma prova de que a agricultura tem ainda hipóteses de sobreviver. Mas, para Ilídio Francisco, o sector da olivicultura é o que tem mais perspectivas de crescimento. “O azeite vai tornar-se um bem de luxo”, diz. E, para dar apenas um exemplo, refere que a procura é o dobro da oferta no nosso país.
A conquista de mercado, recorda o empresário, começou com a comercialização. “Alugámos duas unidades de extracção porque felizmente arranjámos clientes”, conta. Os produtores vendiam a matéria-prima que era, então, transformada em azeite. Em 2005, a capacidade da sociedade era de 750 quilos por hora, valores que subiram para os actuais 4000 quilos mas, ainda assim, insuficientes.
Em Junho de 2005, os empresários encontraram uma oportunidade para dominar todo o processo e adquiriram uma herdade, em Alferrarede, com mais de 250 hectares de olival. A transformação da azeitona é feita mecanicamente, a temperaturas baixas, não superiores a 27 graus, o que, segundo Ilídio Francisco, “permite que o produto mantenha todas as suas características iniciais”.
Actualmente, o “Cabeço das Nogueiras” é exportado para a Suíça, Holanda, Reino Unido. A Alemanha é o próximo alvo. A nova unidade vai ser construída no parque industrial e resulta de um investimento de 700 mil euros. A distribuição em grandes superfícies está, para já, posta de parte.
Fonte: Jornal de Notícias
