Em 2006, os preços do leite na Uniao Europeia caíram em 2,7 por cento (0,76 euros por 100 kg) em comparação com 2005. Reino Unido, Irlanda e França são os países em que esta descida foi mais significativa, de acorrdo com a análise efectuada pela European Dairy Farmers.
Os preços franceses, com excepção dos da Danone, desceram mais do que a média. Em França, a interprofissão láctea emana recomendações de preços, que para 2006 foram no sentido da descida do preço em 7,90 euros/100 l. Para o primeiro trimestre de 2007, a recomendações foi já no sentido da subida, desta vez de 3,71 euros/100 l, a qual é a primeira recomendação em muitos anos no sentido do incremento dos preços.
A cooperativa irlandesa Glanbia también aplicou desde Agosto último uma descida superior à média (-1,32 euros/100 l), que supõe uma redução de aproximadamente 6 por cento. Contudo, dados os fortes protestos dos produtores, a cooperativa decidiu conceder um bónus (dividendo) de 1,76 euros/1000 l, de forma que foi coberta a descida e ainda sobraria um adicional de 0,44 euros/100l. Tanto Glanbia como a também irlandesa Kerry, decidiriram não modificar os seus precios no início deste ano, devido às boas condições de mercado.
A redução aplicada pela holandesa Campina também foi superior à média. A estratégia de investir em marcas e produtos de maior valor acrescentado favoreceu a empresa, a qual, não obstante, foi fortemente penalizada pela redução das ajudas europeias aos caseinatos. Nos dois últimos anos, a Campina recibeu menos 60 milhões de euros em ajudas comunitárias. A holandesa Friesland Foods manteve a sua descida de preços em linha com a média europeia. Desde o início deste ano, aplicou, contudo, uma pequena subida nos valores pagos aos produtores.
A belga Milcobel baixou os preços à produção ligeiramente mais dos que a média. Ao contrário, as alemãs Humana e Nordmilch pagaram o leite acima da média. A finlandesa Hämeenlinnan Osuusmeijeri manteve os seus preços sem alterações. A dinamarquesa Arla aplicou uma redução de 1,6 por centos nos preços ao produtor. O boicote aos seus produtos no Médio Oriente custou à empresa 53 milhões de euros. A Arla paga o mesmo aos seus produtores dinamarqueses e suecos, mas estes últimos foram mais favorecidos pelo taxa de câmbio da coroa sueca. Apesar disto, os preços da Arla não sofrem alterações desde Abril de 2006.
Fonte: Anil