O número de vítimas provocadas pela epidemia de febre hemorrágica em Angola subiu para 280 mortos, mas as autoridades sanitárias acreditam que estão criadas as condições para se conseguir erradicar a doença, que é provocada pelo vírus de Marburg.
No final de uma visita que efectuou à província do Uíge, onde está localizado o foco da epidemia, o ministro angolano da Saúde, Sebastião Veloso, salientou que a doença está “confinada” a esta província do norte do país, destacando a “significativa redução” de casos que têm vindo a ser registados.
O mais recente balanço oficial da epidemia, referente à situação verificada às 12:00 de segunda-feira, actualizou o número de vítimas mortais para 280, num total de 313 casos registados desde Outubro.
O comunicado conjunto do Ministério da Saúde de Angola e a Organização Mundial de Saúde (OMS) refere também uma diminuição substancial do número de pessoas que estão a ser acompanhadas pelas autoridades sanitárias depois de terem tido contacto directo com doentes infectados.
Actualmente, estão a ser seguidas apenas 208 pessoas, depois de quase três centenas terem cumprido o prazo de 21 dias sem apresentarem qualquer sintoma de febre hemorrágica.
O acompanhamento de pessoas que tiveram contacto directo com doentes infectados é uma das principais medidas de controlo da epidemia, permitindo evitar o seu alastramento.
A epidemia de febre hemorrágica em Angola, declarada em meados de Maio pelo Ministério da Saúde e pela OMS, apenas será considerada extinta quando não existir qualquer caso novo e a última pessoa em acompanhamento cumprir 21 dias sem apresentar sintomas da doença.
Aspecto positivo é também o facto de não ser registado qualquer caso suspeito há mais de uma semana nas províncias que se encontram em estado de alerta epidemiológico, continuando todos os casos novos a ser detectados apenas na província do Uíge.
Esta epidemia de febre hemorrágica é provocada pelo vírus de Marburg, que tem como principal vector o macaco verde, sendo o contágio feito através de contacto com fluidos corporais de indivíduos infectados.
Esta doença é considerada rara e de alta contaminação, apresentando actualmente em Angola uma taxa de mortalidade de 89 por cento dos casos.
Fonte: Lusa