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O economista norte-americano Douglas Southgate, da Universidade do Ohio, defendeu que a produção alimentar em África pode declinar ainda mais, no futuro, se os governos não implementarem uma revolução verde naquele continente.
O especialista culpou as políticas governamentais incorrectas e a falta de investimento na agricultura pelo estado em que se encontra a agricultura africana. Sublinhou que os países não podem contar com as promessas da liberalização mundial do comércio para melhorarem uma situação que só pode ser corrigida com uma acção governamental concertada.
Para Southgate, os governos africanos precisam de tomar medidas imediatas para promover a inovação e melhorar as infra-estruturas agrícolas. «A liberalização do comércio não salvará África por si só. O desenvolvimento não envolve apenas o comércio livre, mas envolve um investimento na agricultura», cita a Reuters.
A nível internacional, as melhorias tecnológicas no sector agrícolas, como sofisticados sistemas de irrigação, foram responsáveis pelo aumento dos rendimentos agrícolas, mas os países africanos continuam a depender de técnicas ineficientes que exarcebaram as preocupações com a segurança alimentar e contribuíram para a permanente escassez alimentar, subnutrição e fome.
O atraso agrícola do continente africano prende-se agora, também, com problemas ambientais, como a depleção do solo, a desflorestação e a cada vez maior frequência de secas. Outros desafios estão relacionados com a epidemia de SIDA, infra-estruturas pobres e uma forte dependência da agricultura de subsistência e má governança.
Fonte: Reuters e Confragi
