Vindima terá uma redução de 3%

O Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) divulgou previsões para a próxima vindima, estimando uma produção de 700 milhões de litros, o que equivale a menos três por cento em relação a 2005 e menos cinco por cento face à média das últimas três campanhas.

A perspectiva de um segundo ao consecutivo com perdas na produção agrada ao sector, que consegue, assim, uma oportunidade para reduzir as existências, num panorama de declínio do consumo e aumento da oferta. As quebras previstas deverão verificar-se na Bairrada (-14%), no Douro (-12%) e no Minho (-5%).

Outras regiões, contudo, deverão registar subidas na produção, como é o caso do Alentejo (+20%), do Dão (+7%) e das Terras do Sado )(+6%). O IVV ressalva que as previsões avançadas estão condicionadas à meteorologia das próximas semanas.

«A partir de agora, tudo irá depender do período de maturação das uvas, que é o chamado período do pintor», explicou o enólogo José Maria Soares Franco, que considera que a quebra produtiva não é motivo para preocupações, já que a qualidade das uvas deverá ser positiva.

Para o presidente da ViniPortugal, Vasco Avillez, as estimativas avançadas advêm das melhores condições atmosféricas verificadas este ano: inexistência de seca, menos incêndios e chuva no tempo certo. «Como Portugal não esgota tudo o que produz – embora se esteja a trabalhar para que não seja assim – é preferível menos quantidade e mais qualidade», cita o Jornal de Notícias.

No que diz respeito às exportações, também se espera uma diminuição, já que a tendência das últimas campanhas tem sido essa: em 2005, venderam-se 262 milhões de litros, ou seja, menos 18 por cento que em 2004. As importações também têm evidenciado um recuo, tendo-se registado menos dez por cento de compras em 2005.

Fonte: Jornal de Notícias

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