Tomate: Indústria Nacional Está em Risco

Caso a União Europeia adopte o desligamento das ajuda à produção de tomate, já aplicado noutras culturas agrícolas, em Portugal poderão encerrar várias unidades de transformação, alerta a associação dos industriais do sector.

De acordo com a Associação dos Industriais do Tomate, lê-se no Jornal de Notícias, «o desligamento dos apoios irá contribuir para reduzir a metade os actuais níveis de produção de tomate, situação que criará carências no abastecimento das indústrias transformadoras».

Actualmente, em Portugal, existe uma dezena de fábricas do sector, responsáveis por 4500 postos de trabalho directos e 1000 indirectos e por uma facturação de 140 milhões de euros. Pelas suas características, o sector português do tomate coloca o país no 6.º lugar do ranking dos maiores produtores mundiais, depois dos EUA, China, Itália, Espanha e Chile, mas passa para segundo lugar se o critério for o rendimento agrícola ou o custo de entrega de tomate.

Segundo a associação, o nosso país é ainda o único do Mundo com uma percentagem tão elevada das exportações na área hortofrutícola, na ordem das 160 mil toneladas destinadas, sobretudo, à União Europeia, Japão e países do Médio Oriente. Além disso, em termos nacionais, o tomate é a principal produção horto-industrial, com uma área de 14 500 hectares, envolvendo 712 produtores agrupados em 32 organizações.

Perante estes factos, os industriais afirmam não admitir uma reforma susceptível de pôr em causa a «sobrevivência» de um sector que é «competitivo» e que contribui «de forma evidente» para a economia local e nacional.

Fonte: Jornal de Notícias

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