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Associações das indústrias de transformação de tomate de Portugal, Espanha, Itália e Grécia juntaram-se contra a proposta da Comissão Europeia para alterar as ajudas à produção e enviaram uma carta comissária para a Agricultura.
Numa informação ontem divulgada pela Associação dos Industriais de Tomate (AIT), que reúne 10 das 11 empresas do sector em Portugal, é explicado que as entidades representativas de 75 por cento do sector europeu tomaram uma posição conjunta contra a proposta de reforma da Organização Comum (OCM) hortofrutícola.
Em carta enviada à comissária Mariann Fischer Boel as associações exprimem a sua preocupação com o futuro da indústria de transformação de tomate nestes quatro Estados membros.
A proposta avançada pela Comissão para a reforma da OCM defende o desligamento total dos apoios relativamente à produção, ou seja, os agricultores não necessitam de cultivar e produzir para receber subsídios.
Os apoios são atribuídos com base no historial da produção dos últimos anos de cada agricultor que só tem de garantir que trata da terra.
“A ser assim, e à semelhança do que já se passou com outras culturas agrícolas, temem-se só em Portugal quebras de produção superiores a 50 por cento”, sendo “impossível manter os actuais níveis de fornecimento de matéria-prima e logo a competitividade desta indústria”, refere a informação.
Num encontro com jornalistas, ontem, em Lisboa, responsáveis da AIT avançaram que tiveram uma reunião com o ministro da Agricultura, Jaime Silva, que defende que esta proposta não serve porque esquece a indústria. Naquele encontro, “sentimos que o ministro compreendeu a nossa posição”, referiu o secretário-geral da AIT, Miguel Cambezes.
Muitas unidades correm o risco de fechar na Europa do Sul se a comissária não tiver em conta este impacto negativo, acrescenta. Em Portugal este sector factura 140 milhões de euros e exporta 93 por cento da produção.
Fonte: Lusa
