Tabaco: Imagens e avisos não estão directamente relacionados com redução do consumo

Aumentar o tamanho dos avisos nos maços de tabaco e a introdução de imagens desencorajantes não foram directamente relacionadas com a redução do consumo de tabaco, de acordo com um estudo encomendado pela tabaqueira British American Tobacco (BAT) à Deloitte Consulting, a qual analisou a possível ligação entre esses dois factores em 27 países durante um período de 14 anos.

O relatório teve por base dados da Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Coreia do Sul, Egipto, Espanha, França, Grã-Bretanha, Grécia, Holanda, Itália, Japão, Malásia, México, Nigéria, Nova Zelândia, Paquistão, Polónia, Roménia, África do Sul, Suíça e Turquia.

Citado pela imprensa internacional, o sócio sénior da Deloitte na Grã-Bretanha, Lawrence Hutter, explicou que “esta análise não identificou qualquer relação estatisticamente significativa entre a regulamentação que afecta as embalagens dos produtos de tabaco – incluindo o tipo e o tamanho das advertências sanitárias – e mudanças no consumo de tabaco legal “.

Este documento põe em causa a eficácia da legislação relativa às embalagens e sugere que os governos deveriam considerar possíveis efeitos que tendam a introduzir uma embalagem padrão sem logótipos ou marcas. Segundo este estudo, proibir a utilização de logótipos de marcas nas embalagens poderia aumentar o mercado ilegal e causar perda de receitas para o Estado.

Segundo o director do departamento de regras internacionais da British American Tobacco, Bede Fennell, “quanto mais homogeneizar as embalagens, mais fácil será falsificá-las“.”O mercado negro prejudica os distribuidores legais de tabaco e não tem em consideração questões como a verificação da maioridade na venda, de modo que uma iniciativa inicialmente pensada para reduzir o consumo de tabaco por menores pode acabar por ter o efeito oposto”.

Fonte: Saúde na Internet

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