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Os preços dos produtos lácteos deverão permanecer firmes no médio prazo, apoiados pelos maiores preços da alimentação e pela crescente procura na China, refere informação divulgadas pelo Commonwealth Bank of Australia (CBA).
O aumento de cerca de dois terços nos custos dos cereais desde Junho levou o índice que relaciona os preços dos lácteos com o preço da ração a um valor negativo pela primeira vez este ano, disse o analista do CBA, Luke Mathews. A razão entre os preços do leite em pó inteiro e os preços do milho caiu para seis, bem menor que as médias dos últimos anos, que rondavam oito.
O aumento nos custos da alimentação animal, que representam um terço dos custos de produção na Austrália, e podem chegar a mais da metade noutros países, pode restringir os planos dos produtores de leite de reconstruir os seus efectivos. “Uma possível desaceleração na produção mundial de produtos lácteos pode ajudar a manter os preços em níveis fortes”, disse Mathews.
Ele disse também que está “optimista sobre as previsões de médio prazo para os preços dos diversos produtos lácteos”, considerando a crescente procura que se observa na China. “À medida que as taxas de consumo dos produtos lácteos melhoram, a China desenvolverá a sua condição de parceiro menor para a de grande player nos mercados internacionais”.
Um aumento dos níveis de consumo da China para os níveis praticados em Taiwan – ainda abaixo dos níveis médios mundiais – adicionaria um adicional de 18% à procura mundial de leite líquido e de quase um terço para o consumo de leite em pó desnatado. “Comparar o consumo de produtos lácteos na China com o de nações avançadas com tradições similares indica que uma significativa expansão no consumo lácteo chinês é mais que provável”.
O comércio global, que historicamente tem representado cerca de 5% da produção mundial de leite de vaca, “já está a começar a aumentar pelo efeito do aumento da procura chinesa”.
Fonte: Anil
