Produtos básicos alimentares sobem acima da média da inflação

Entre Fevereiro do ano passado e o mesmo mês deste ano, os preços junto dos consumidores aumentaram 2,9 por cento. Mas a cesta base da alimentação e mesmo os produtos de primeira necessidade subiram muito mais. O pão aumentou 8,3 por cento no mesmo período de tempo; o leite, queijo e ovos aumentaram 11,3 por cento, penalizando a bolsa das famílias, já que os salários evoluíram pouco acima da inflação média (2,5 por cento).

Produtos essenciais estão cada vez mais caros. O gás botija aumentou 6,5 por cento e a factura da electricidade – um preço semi-administrado – subiu 3,4 por cento, de acordo com os dados divulgados pelo INE. Aqui a razão da carestia doméstica está nos preços internacionais da energia, com o preço do barril do petróleo (em dólares) a bater o recorde em termos reais.

Nem tudo está a correr mal na questão do custo de vida. A carne, a beneficiar de um excesso de oferta e dos efeitos do mercado concorrencial – que incluem as ocasionais promoções efectuadas pelas lojas – ficou apenas 0,3 por cento mais cara. As hortaliças continuam a descer de preço.

Mesmo alguns bens essenciais estão a evoluir abaixo ou em linha com a inflação homóloga. É o caso do calçado ou do vestuário. Mas parecem ser a excepção. Os transportes públicos subiram 4,4 por cento, reflectindo os custos com os combustíveis e os serviços hospitalares registaram aumentos de 80 por cento nos preços administrados pelo Estado.

O governo prevê que os preços subam este ano (inflação média) 2,1 por cento. Para já a subida média dos preços está em 2,5 por cento. A tarefa de baixar este valor pode ser árdua, já que nos principais parceiros comerciais do país – como Espanha e Alemanha – os preços estão em alta. E depois há também que acrescentar a escalada do preço do barril de petróleo. No comércio externo, o único ponto a travar a valorização de preços está na alta do euro frente ao dólar, levando a que as importações sejam mais baratas.

Fonte: Anil

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