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A Associação Nacional dos Industriais de Arroz (ANIA) alertou, ontem, que o arroz deverá ficar mais caro a partir de Novembro, «numa subida nunca inferior a 10%». O aumento previsível do preço deve-se à necessidade dos industriais reflectirem ao consumidor os encargos crescentes com a aquisição de matéria-prima nos mercados nacional, europeu e mundial.
Pedro Monteiro, secretário-geral da ANIA, especificou ao Jornal de Notícias que, nos últimos dois anos, «a matéria-prima ficou mais cara 40%, os custos energéticos subiram 30% e os do transporte 100%». Como tal, esses custos são igualmente apontados pela indústria como factores de pressão para a alteração nos preços ao consumidor.
Os preços serão definidos por cada empresa mas, esclareceu o responsável, «não se poderá pensar em aumentos inferiores a 10%».
Na origem do aumento dos preços internacionais está a procura crescente de arroz em todo o mundo, não só para o consumo humano mas também para a indústria de biocombustíveis, como matéria-prima para a produção de energia. Aliás, a procura crescente do arroz como fonte alternativa de combustível segue a tendência mundial do que está a acontecer igualmente com o milho, o trigo ou a soja.
Fonte: Jornal de Notícias
