Portugueses devem ter noções básicas de higiene alimentar, diz ASAE

A ASAE defendeu que os portugueses devem ter noções básicas de higiene alimentar, como aprendem a ler e a escrever, e lembrou que os alimentos apreendidos pelos agentes só pode ser distribuídos com a concordância dos operadores económicos.

O director científico da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) defendeu, quarta-feira no Parlamento, que os portugueses devem ter noções básicas de higiene alimentar, da mesma forma como aprendem a ler e a escrever.

«A questão da higiene não é um fundamentalismo», mas antes «uma noção básica», por isso, «como aprendemos a ler e a escrever na escola, devemos ter também educação básica de higiene», defendeu.

Barreto Dias, juntamente com outros dois elementos da ASAE, foi ouvido pelo Grupo de Trabalho Pequenos Produtores/Produtos Tradicionais, que foi criado com o objectivo de proteger dos pequenos produtores e os produtos tradicionais e simultaneamente a higiene e segurança alimentar.

Barreto Dias disse que «como cidadão» também quer «preservar os produtos
Tradicionais», mas acrescentou que «não se pode pensar em qualidade sem se pensar na segurança alimentar».

Para os responsáveis da ASAE, a aprendizagem da higiene alimentar é um processo a requerer ainda uma longa aprendizagem nalguns pontos do país, mesmo que possam estar em causa as economias locais.

Durante hora e meia, os três elementos da ASAE, que não contaram com a presença do seu presidente, António Nunes, responderam a várias questões levantadas pelos deputados, relacionadas com a formação dos agentes e dos produtores, a sua actuação e a legislação existente.

O deputado comunista Agostinho Lopes deu o exemplo da intervenção da ASAE na feitura dos tradicionais pastéis de Tentúgal, sugerindo que as penas de galinha utilizadas para espalhar a gordura sejam substituídas por pincéis.

«Desde que as penas sejam bem lavadas, não tenho problemas com isso», respondeu o director científico da ASAE.

Já o director de Serviços de Planeamento e Controlo Operacional da ASAE aproveitou para esclarecer que, «em Novembro do ano passado», a Autoridade encerrou temporariamente uma cantina de um centro de acolhimento temporário de crianças e jovens, no Seixal, por solicitação do «Ministério Público».

Pedro Picciochi adiantou que o estabelecimento apresentava «graves deficiências» a nível de higiene, tendo sido determinado o encerramento temporário.

O director de operações da ASAE foi ainda confrontado com notícias de que algumas instituições de solidariedade social têm sido obrigadas a deitar comida fora por causa das condições de higiene impostas pela ASAE.

Pedro Picchiochi lembrou que existe uma colaboração da ASAE com o Banco Alimentar Contra a Forme para distribuição de alimentos apreendidos, mas esclareceu que para os produtos serem distribuídos têm de ter a concordância dos operadores económicos.

Fonte: TSF

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