Pescas: Ministro reconhece que soluções para crise do aumento do preço do combustível não são fáceis

O ministro da Agricultura português reconheceu hoje que não existem soluções fáceis para resolver a situação difícil vivida nas pescas devido ao aumento continuado do preço dos combustíveis.

Jaime Silva falava no seminário sobre Energias Renováveis – Vento e Ondas – Desafios, Tecnologias e Oportunidades, que se realiza no âmbito da visita dos reis da Noruega a Portugal e contou com a presença do Rei Harald.

“O aumento dos combustíveis veio para ficar”, referiu o ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, frisando que “as soluções [para situação de crise nas pescas] não são fáceis”.

“Não há problemas sem solução, o caminho é díficil e passa pela reestruturação das empresas, pelo aumento da competitividade e pela sustentabilidade dos recursos pesqueiros”, defendeu Jaime Silva.

Para o ministro da Agricultura, as soluções de conjuntura “são as mais populares em termos políticos, mas não são as mais duradouras”.

O responsável governamental recordou que a política de sustentabilidade tem de ser assumida globalmente, e os passos que têm sido dados por Portugal, Noruega e o resto da Europa já permitiram uma redução de cerca de 60 por cento da pesca ilegal e não regulamentada no mar de Barents.

Portugal vai continuar a intensificar os acordos de cooperação com a Noruega pois ambos os países têm interesses comuns na área da investigação e desenvolvimento, como fez questão de salientar Jaime Silva.

“Trata-se de uma questão de civilização e de futuro”, defendeu o ministro que tutela as pescas.

O Rei Harald V da Noruega referiu-se ao futuro da cooperação entre Portugal e a Noruega afirmando que as actividades relacionadas com o mar “foram sempre estimuladas pela inovação e tecnologia”, áreas onde pode haver um reforço do desenvolvimento entre os dois países.

O ministro da Economia e Inovação português realçou dois eixos potenciais de desenvolvimento entre os dois países, o e-government e as energias alternativas.

Manuel Pinho considerou que a situação ligada às energias é o maior desafio deste século e tem de ter uma resposta global.

O soberano norueguês vai estar três dias em Portugal e é acompanhado por uma vasta delegação oficial onde se integram nomeadamente os ministros do Comércio e das Pescas, para além de empresários que poderão contribuir para reforçar as relações nas áreas económica, empresarial e científica.

Fonte: Agroportal

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