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O sector da produção de ovinos e caprinos da União Europeia (UE) passa por um significativo declínio estrutural devido à diminuição do consumo contra o aumento dos custos de produção.
Outros factores que originam esta situação é a competição por parte da Austrália e da Nova Zelândia e ainda a grande vulnerabilidade europeia a doenças contagiosas, como a Língua Azul.
Um estudo da consultora Ernest&Young estima, que se não forem tomadas medidas, a produção de ovinos e caprinos poderá decrescer entre oito a 10 por cento, em 2015.
Por esta razão, a Comissão da Agricultura do Parlamento Europeu (PE) decidiu por unanimidade, uma série de medidas a aplicar ao sector, nomeadamente, a introdução de um prémio ambiental por cabeça para a manutenção dos efectivos, este financiado por fundos comunitários ou co-financiados entre a União Europeia (UE) e os vários Estados-membros.
Das várias medidas inclui-se a distribuição pelo sector dos fundos usados dentro do segundo pilar da Política Agrícola Comum (PAC) e até 12 por cento dos pagamentos nacionais às medidas da sustentação dos sectores em dificuldade e a inclusão nos programas de desenvolvimento rural na secção dos novos desafios da PAC, de medidas dirigidas aos produtores de ovinos e caprinos, a que seria possível incluir os fundos que provêem da modulação.
As importações de carne de borrego supõem 20 por cento do consumo interno, pelo que a Comissão de Agricultura do PE propõe uma série de medidas para relançar o consumo e proteger o sector da competição do exterior, das quais, a obtenção do reconhecimento por parte da Organização Mundial do Comércio (OMC) de que a carne de borrego é um produto sensível e a revisão da gestão dos regimes de quotas de importação, colocando-se a possibilidade de um escalonamento das mesmas em curso no ano civil, a fim de garantir que os animais de origem comunitária não sofram uma competição desleal.
A Comissão do PE propôs também criar um rótulo europeu para diferenciar a carne de ovino europeia das carnes originárias de países terceiros e aumentar o orçamento dirigido à promoção dos produtos agrícolas com o objectivo de, no mesmo, incluir a carne de borrego, para além de propor a realização de campanhas dirigidas á divulgação de produtos protegidos pelo IGP e pelo DOP.
Por último, fomentar a investigação e o desenvolvimento para inovar a industria no sector no sector, desde produtos com carne de borrego, queijo, lãs e pele e inclui-lo no segundo programa de acção comunitária para a saúde, com a finalidade de promover os benefícios desta carne entre os consumidores, especialmente os mais jovens.
Fonte: Agrodigital e Confragi
