Cardiologistas do Instituto de Pesquisas William Harvey, em Londres, pediram autorização para testar o uso de chocolate amargo em 40 portadores de doenças coronárias agudas.
Este pedido deve-se à divulgação de estudos recentes que sugerem que os chamados flavonóides, encontrados nalguns tipos de chocolate, podem combater doenças do coração, hipertensão e derrames.
Roger Corder, o coordenador da investigação, afirmou que a maioria dos estudos baseia-se na avaliação de voluntários com poucos sintomas moderados de doenças cardíacas.
«Estou curioso para saber como os ingredientes do chocolate podem modificar as funções vasculares, e acho que temos de examinar agora os pacientes num quadro relativamente grave», referiu.
De acordo com estudos já realizados, os flavonóides podem reduzir o chamado mau colesterol, responsável pelo enrijecimento das artérias, o que aumenta a hipótese de enfartes e derrames.
Mas, há alguns especialistas que consideram que os benefícios do chocolate não compensam os malefícios provocados pelo alto teor de gordura e açúcar que o alimento possui.
«Não estamos a sugerir que as pessoas nunca comam chocolates, pois todo a gente tem o direito de se dar um presente de tempos a tempos», disse Charmaine Griffiths, porta-voz da Fundação Britânica para o Coração. «Mas há maneiras muito melhores de tomar conta de seu coração», concluiu.
«Comer cinco peças diárias de frutas, verduras e legumes é a melhor maneira de ingerir as substâncias antioxidantes tão benéficas para o coração, sem ninguém ter de se preocupar com o alto índice de açúcar e gordura contido no chocolate», argumentou.
Os flavonóides também podem ser encontrados em frutas e legumes, além do vinho tinto e alguns tipos de chá.
Corder já realizou um estudo que relaciona a longevidade ao consumo de um vinho tinto produzido com um tipo de uvas da ilha italiana da Sardenha.
Fonte: Diário Digital