OMC: UE considera que EUA podem ir mais longe

Os Estados Unidos “podem ainda ir mais longe” na sua proposta de redução dos seus subsídios agrícolas, mesmo considerando que a proposta apresentada esta semana pelos norte-americanos em Genéve foi apelidada de “razoável” pelo porta-voz do comissário europeu do Comércio, Peter Mendelson.

“É uma oferta razoável, pelo menos nesta fase, que terá efeitos incontestavelmente positivo”, avaliou o porta-voz Peter Power. “Os Estados Unidos podem, contudo, ir mais longe, mas isso, provavelmente dependerá do resto das negociações e dos equilíbrios obtidos noutros sectores que estão também a ser discutidos”, adicionou.

Os Estados Unidos apresentaram um oferta de redução das suas subvenções agrícolas para menos de 15 mil milhões de dólares por ano, melhorando ligeiramente uma proposta anterior que apontava aquele tecto para os 17 mil milhões.

A fim de acelerar a obtenção de um acordo entre os 152 países membros da OMC, a representante americana para o Comércio, Susan Schwab, anunciou que o seu país estaria disponível a oferecer aquela redução dos subsídios agrícolas, mas referiu desde logo que essa oferta dependeria de concessões dos outros parceiros de negociação em matéria de acesso aos mercados de produtos agrícolas e industriais.

UE no « limite » das suas ofertas em matéria agrícola
A secretária de estado do Comércio francesa, Anne-Marie Idrac, afirmou que os europeus estão no limite das ofertas que podem realizar no campo da agricultura, no quadro das negociações da Organização Mundial do Comércio, rejeitando que uma nova descida de direitos alfandegários haja sido proposta.

Aquela responsável francesa confidenciou que a proposta referida pelo comissário europeu do Comércio, Peter Mandelson, é a que resulta das discussões técnicas da aplicação das anteriores propostas apresentadas por Bruxelas. “Neste contexto, a redução de 60 por cento dos direitos alfandegários é a que resulta dos cálculos relacionados com as propostas que estavam já em cima da mesa, não sendo, de todo, uma nova oferta europeia”.

Michel Barnier, ministro francês da Agricultura, explicou também que “depois das explicações técnicas que foram dadas, é absolutamente claro de que não se trata de uma nova oferta por parte da União Europeia, nem de uma modificação de posição”, sendo que essas alterações não mereceriam o acordo nem o suporte de nenhum Estado-membro da UE.

Fonte: Anil

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