A pêra e a castanha são os frutos que apresentam saldo positivo nas trocas comerciais com o exterior, mas Portugal continua a comprar mais fruta do que aquela que produz, revela um estudo do OMAIAA.
«A pêra e a castanha são os únicos produtos que apresentam um saldo francamente positivo nas trocas com o exterior, ao contrário do melão, maçã, uva de mesa e dos frutos tropicais», revela um estudo do Observatório dos Mercados Agrícolas e Importações Agro-Alimentares (OMAIA).
A pêra rocha, essencialmente, é aquele fruto que maior incremento tem tido nos mercados externos, sobretudo Reino Unido e Itália e França, informou Antónia Figueiredo, presidente do OMAIA, acrescentando que no caso dos frutos secos, a castanha é o fruto de casca rija mais equilibrado na balança comercial portuguesa.
Os produtos importados por Portugal de maior relevo são a «banana, maçã, ananás e a laranja». Estas quatro variedades de frutos representam cerca de 60 por cento da totalidade da aquisição de frutas por Portugal.
«O sector das frutas é um sector deficitário e o desequilíbrio entre a exportação e importação na balança de pagamentos verifica-se nos últimos 10 anos», declarou Antónia Figueiredo.
O documento conclui que a balança comercial referente ao sector dos frutos é «altamente deficitária», apresentando um défice médio de 261,3 milhões de euros no período entre 2000-2009.
Os fornecedores de Portugal mais importantes são a Espanha, Costa Rica, Brasil, Equador e França. Os frutos tropicais também contribuem bastante para o desequilíbrio entre a exportação/importação, porque cada vez mais os «portugueses são atraídos pelos frutos exóticos», observa Antónia Figueiredo.
Portugal, por seu turno, vende, principalmente, para a União Europeia, estando no topo da lista a Espanha, com 35 por cento, logo seguida da Itália, Reino Unido e França, que em conjunto, representam cerca de 50 por cento da totalidade do valor das vendas.
O estudo aconselha o Estado português a «proporcionar melhores condições à produção, à transformação, comercialização e distribuição, através de mercados abastecedores regionais, locais e tradicionais».
Fonte: Agroportal