Novo estudo reforça associação entre rosiglitazona e aumento do risco cardiovascular

Uma análise com mais de 14 mil pacientes indicou que o medicamento para a Diabetes, Avandia (rosiglitazona), à venda em Portugal, aumenta o risco cardiovascular em 42% quando tomado por períodos prolongados. O estudo foi publicado no “Journal of the American Medical Association”.

A equipa de investigadores analisou quatro ensaios clínicos nos quais os participantes diabéticos escolherem ao acaso tomar Avandia, outro antidiabético ou um placebo.

De acordo com um dos principais autores do estudo, Sonal Singh, especialista em Medicina Interna e professor na Wake Forest University School of Medicine, EUA, o impacto na saúde pública “dos efeitos secundários sérios do Avandia é importante”.

Baseado no estudo, o clínico indicou que o Avandia pode ser responsável por quatro mil Enfartes do Miocárdio e por nove mil falhas cardíacas anualmente só nos EUA. O médico estimou que sete milhões de pessoas tomem Avandia em todo o mundo.

Em Maio, depois de um estudo ter demonstrado que o risco de Enfarte do Miocárdio aumenta 43% para os consumidores do medicamento, o FDA, a Agência norte-americana para os Alimentos e Medicamentos, aconselhou os diabéticos que tomam o medicamento a falarem com os seus médicos. Na altura, a GlaxoSmithKline PLC, fabricante do medicamento, considerou que o estudo não continha provas cientificas definitivas.

Em Portugal, os medicamentos com rosiglitazona mantêm-se no mercado, mas o Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (INFARMED) alertou para as precauções a ter no seu uso, sobretudo por doentes cardíacos.

Fonte: Saúde na Internet

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