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Os sindicatos moçambicanos exigiram hoje ao Governo que subsidie o combustível para a agricultura, visando minimizar o impacto do aumento dos preços daquele produto no custo de vida dos trabalhadores do sector.
A Organização dos Trabalhadores de Moçambique (OTM), que quer medidas para reduzir as implicações do recente aumento dos combustíveis no país, considera que estas passam pela redução dos impostos sobre preços dos combustíveis, disse em Maputo o porta-voz da instituição.
Segundo Francisco Mazoio, a OTM irá brevemente submeter as referidas propostas ao Governo, com o objectivo de ultrapassar as dificuldades enfrentadas por vários trabalhadores moçambicanos, especialmente os do sector agrícola.
O executivo moçambicano aumentou por duas vezes, em Junho, o preço dos combustíveis, agravando-o em 40 por cento, o que resultou na subida do custo de vida e de transportes semi-colectivos no país.
Em Abril, o Governo moçambicano actualizou o salário mínimo nacional em 14 por cento, mas a decisão foi contestada pelos sindicatos e entidades patronais.
O salário mínimo no sector da indústria e serviços equivale a 46 euros e no sector agrário os trabalhadores passaram a auferir um salário mínimo de cerca de 33 euros, valor considerado pelos sindicatos como “extremamente” abaixo.
O aumento do preço do transporte provocou várias manifestações populares em algumas zonas da província de Maputo, sul, e de Sofala, centro, contra os 0,25 euros actualmente cobrados por viagem, exigindo aplicação de preços “suportáveis”.
Como solução, as autoridades moçambicanas introduziram dois comboios urbanos em Maputo.
A iniciativa foi contestada pela RENAMO, principal partido da oposição moçambicana, que considerou que as locomotivas apenas “resolvem os problemas a nível local (da cidade de Maputo) e não a nível nacional”.
Fonte: Lusa
