Ministro da Agricultura aponta caminho da empresarialização às adegas do Douro

O ministro da Agricultura, Jaime Silva, desafiou ontem, em Murça, as adegas do Douro à empresarialização para ultrapassar a crise do sector e garantiu apoios do Estado para a internacionalização.

“Vim aqui hoje lançar o desafio da empresarialização e reorganização das nossas adegas”, afirmou o governante.

Para Jaime Silva, o futuro das adegas passa pela “fusão”, para ganharem escala, reduzirem os custos e poderem fazer um plano de internacionalização já que, na sua opinião, as cooperativas sozinhas têm mais “dificuldades” de exportarem os seus produtos. Garantiu ainda apoios financeiros do Estado para a internacionalização.

O ministro referiu que há “adegas com problemas” mas também há outras que “estão bem geridas e exportam vinhos de alta qualidade”, exemplos positivos que fez questão de apresentar hoje aos responsáveis pelas 21 adegas da Região Demarcada do Douro.

Depois dos vários apelos lançados pelo Governo para a concentração das adegas, está já em estudo a criação de dois agrupamentos na região duriense.

Segundo José Manuel Santos, presidente da União das Adegas do Douro (Unidouro), um dos agrupamentos concentraria as cooperativas da Régua, Armamar, Vale do Douro (Tabuaço), Lamego, Penajóia e, provavelmente, Mesão Frio.

Um outro agrupamento reunirá as adegas de Alijó, Favaios, Pegarinhos e Sanfins do Douro e talvez ainda, segundo o responsável, Murça e Vila Flor. “O nosso objectivo era que, numa primeira fase, as 21 adegas da região se concentrassem em quatro agrupamentos”, frisou o responsável. Defendeu que só com a concentração é possível às adegas “ganharem dimensão e competitividade”.

Fonte: Confragi

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