Marcas brancas representam já um terço das compras

Os portugueses estão a comprar cada vez mais produtos das marcas próprias dos supermercados. Em 2008, estes artigos representaram 32 por cento das vendas totais, registando um crescimento em valor de 21 por cento em relação ao ano anterior, segundo dados da TNS Worldpanel. Aparentemente, as marcas próprias (brancas) dos supermercados estão a ganhar terreno com a crise.

Em 2008, pelo contrário, as marcas de fabricantes registaram uma queda de três por cento. O preço é, assim, um dos principais factores que os portugueses têm em conta quando fazem as suas compras.

Segundo uma pesquisa da TNS, 77 por cento dos consumidores afirmam que comparam sempre os preços dos produtos, enquanto 87 por cento utilizam cupões de desconto quando têm oportunidade. Assim, não é de espantar que as marcas próprias tenham registado, em 2008, quase o dobro do crescimento em valor obtido em 2007 – 21 e 9,5 por cento – respectivamente.

Modelo é o que mais cresce
Quanto às vendas de marcas próprias por supermercado, o Modelo, da Sonae, foi o que registou um maior crescimento deste tipo de produtos – 37 por cento. No entanto, esta cadeia é a quinta na lista das insígnias onde os produtos próprios têm mais peso. O Lidl lidera, com 68,5 por cento de vendas de marca própria – mesmo assim, a cadeia tem introduzido mais produtos de fabricantes, tendo registado em 2008 um crescimento de 34 por cento na venda destes artigos. Quanto aos produtos próprios, a cadeia alemã registou um aumento de 16 por cento no ano passado.

O Minipreço é o segundo da lista, com as vendas divididas quase por igual entre marcas próprias e de fabricante. Neste caso, foram os produtos com a insígnia do supermercado aqueles que mais cresceram – 18 por cento, contra os 10 por cento de aumento das marcas dos produtores. Em terceiro está o Pingo Doce, em que os produtos próprios representam 46 por cento das suas vendas e registaram um crescimento de 24por cento. Já os artigos de fabricantes aumentaram 8%.

Portugueses preferem supers
As lojas de proximidade, como supermercados e discounts, são as preferidas dos portugueses. Segundo a TNS, estes locais representam, juntos, 54,6 por cento do valor das vendas em 2008, tendo registado um crescimento – de 37,8 por cento em 2007 para 38,7 por cento, no caso dos supermercados, e de 16,5 para 17,8 por cento nas lojas de discount.

Os hipermercados estão em segundo lugar nas preferências dos consumidores, com 27,5 por cento dos gastos em valor em 2008. No entanto, registaram uma ligeira quebra – em 2007 a percentagem era de 30 por cento. Quanto aos espaços tradicionais, também em queda, obtiveram 6,7 por cento das compras.

Fonte: Anil

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