Mantêm-se restrições ao uso de farinhas de origem animal

A proibição da utilização de farinhas de origem animal nas rações, em vigor desde a última crise das “vacas loucas”, prosseguirá pela menos até ao próimo ano, já que a Comissão Europeia não vai propor até 2009 (quando termina o seu actual mandato) que sejam suavizadas as restrições actuais no território comunitário.

Fontes comunitárias disseram que Bruxelas chegou a pensar rever durante este ano as limitações existentes na utilização das farinhas animais na alimentação do gado, mas, finalmente, foi decidido não apresentar nenhuma proposta nesse sentido “até 2009”. A União Europeia proíbe actualmente o emprego dessas farinhas no fabrico de alimentação animal, mas não para a alimentação relativa ao chamado ‘pet food’. Para além disso é permitida a utilização de farinhas de peixe na alimentação de aves e suínos.

De entre os planos relacionados com as regras para a prevenção da Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE), a chamada doença das “vacas loucas”, existe um programa de investigação “que não estará concluído até 2009”, explicaram as mesmas fontes de Bruxelas. Logo que a Comissão disponha dos resultados desse projecto, serão dados “novos passos”, visando apresentar aos vinte-e-sete propostas destinadas a flexibilizar aquelas restrições.

A União Europeia vetou, em 2001, a utilização de proteínas animais para alimentar o gado, por considerarem que poderiam ser uma fonte de contágio da BSE. A medida que Bruxelas poderia estabelecer, desntro do quadro de revisão para 2009, passaria pela utilização de farinhas de peixe nas rações destinadas a pequenos ruminantes.

De acordo com a regulamentação actual, qualquer resto de uma substância de origem animal nas rações é de imediato considerada uma infração às regras da União Europeia, que aplica “tolerância zero” relativamente a este ponto. O Executivo comunitário poderia considerar uma maior flexibilidade para as contaminações acidentais, mas haverá que esperar por 2009 e pelos resultados da referida investigação. Por seu lado, os fabricantes europeus de alimentos compostos para animais solicitaram recentemente que sejam flexibilizadas estas restrições para poderem aumentar a sua competitividade.

Fonte: Anil

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