A Associação Portuguesa de Kiwicultores (APK) elaborou um Plano Estratégico para a Fileira do Kiwi na Região Entre Douro e Minho que prevê, até 2013, uma produção de 20 toneladas por hectare, contra as actuais 12 toneladas, disse o seu Presidente.
José Martino adiantou que a aplicação do plano estratégico, triplicará, no mínimo, o valor da produção anual do fruto de 10 para 30 milhões de euros, setenta por cento da qual será canalizada para exportação.,
O documento foi apresentado, recentemente, ao Ministério da Agricultura, como forma de sensibilizar os responsáveis para a política de investimento na fileira do kiwi no Entre Douro e Minho, e de forma a poder ser inserido nos Planos de Desenvolvimento Agrícola Regional.
Os municípios de Amares, Vila Verde, Braga, Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Felgueiras são os maiores produtores da região.
A Associação tem sede em São João da Madeira, cidade considerada central em relação às duas grandes regiões produtoras de kiwi: o Entre Douro e Minho, com 80 por cento da produção e a região Centro com 20.
De acordo com o Plano, o aumento da produção será acompanhado pela melhoria da qualidade dos frutos, de forma a que 90% dos kiwis sejam de primeira qualidade.
“Só assim é possível orientar a comercialização dos produtos para a exportação nos países que dão valor acrescentado à alta qualidade dos kiwis do Entre Douro e Minho”, refere, a propósito, José Martino, que é também administrador da Espaço Visual, empresa de consultadoria de projectos agrícolas.
O projecto – observa – envolve a certificação dos produtos através da implementação da norma de boas práticas agrícolas, Eurepgap, garantindo, assim, “a qualidade intrínseca do fruto nacional”.
“Não nos limitamos a fazer um projecto vago, pois apresentámos medidas concretas, que abrangem toda a fileira: a produção, a agro-indústria e a comercialização”, sublinhou.
José Martino diz que o Plano passa, também, pela criação de uma marca, que distinga o produto quer em termos de qualidade, quer na sua origem portuguesa “que é já uma marca de valor internacional”.
Salienta que as condições climatéricas e do solo e uma boa adaptação da cultura na região de Entre Douro e Minho tornam este kiwi “mais doce e saboroso”.
O Plano Estratégico – acrescentou – defende que os apoios públicos devem ser canalizados exclusivamente para as organizações já existentes: “Só com organizações empresariais e económicas de escala será possível criar valor acrescentado e aproveitar as verbas comunitárias de forma rentável”, realça.
Fonte: Agroportal