Itália: Futuro da beterraba depende do rendimento e preços

Na Itália, 2008 não foi um mau ano para os produtores de beterraba açucareira, considerando a crise reflectida em outras culturas alternativas.

Para 2009, as perspectivas são favoráveis tendo em conta a combinação dos preços mínimos pagos pela indústria açucareira e as ajudas directas provenientes de fundos comunitários e nacionais, o que soma uma remuneração bruta satisfatória.

Todos estes factores podem vir a interromper o processo de abandono por parte dos produtores desde a aprovação da reforma da Política Agrícola Comum (PAC).

O panorama do sector na Itália, a médio prazo, é difícil de decifrar, cuja fase de estabilidade pode manter-se até ao final do período transitório quinzenal previsto pela reforma da organização Comum de Mercado.

A grande mudança vai notar-se na colheita de 2011, quando os produtores já não receberem apoios e os agricultores contabilizarem apenas a componente do preço pago pela indústria, o que supõe um valor mínimo situado entre os 25 e 26 euros por tonelada.

A sobrevivência da produção de beterrabas em Itália está dependente de um salto significativo em termos de produtividade, com a campanha de 2008/2009 a aumentar os rendimentos, mas em queda quando comparada com os países europeus mais competitivos.

A produção por hectare foi de 7,20 toneladas de açúcar, contra a França, com 12 toneladas; a Espanha, com11; Bélgica a contabilizar 10,5 e a Alemanha, com 9,65 toneladas, uma diferença difícil de alcançar em pouco tempo pelos italianos.

O futuro da beterraba também vai depender da consolidação de novas condições para o equilíbrio do mercado internacional e europeu do açúcar, como os preços do produto acabado e da matéria-prima a níveis sensivelmente mais elevados que os de referência previstos pela União Europeia, de 404 euros por toneladas para o açúcar e entre os 25 e 26 euros por cada tonelada de beterraba.

Fonte: Agrodigital e Confagri

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