Indústria: Produção alimentos para animais caiu, mas receita manteve-se

A produção das indústrias de alimentos compostos para animais desceu sete a oito por cento no ano passado, face a 2005, mas a facturação deverá ter-se mantido nos mil milhões de euros, afirmou ontem um responsável do sector.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais (IACA), Pedro Corrêa de Barros referiu que foram produzidas 3,6 mil toneladas de alimentos.

Para 2007, o responsável mostra-se mais optimista pois espera que o fim das crises que afectaram a pecuária e a actividade económica melhore para que esta indústria recupere “pelo menos o que perdeu nos últimos anos”.

As 59 empresas associadas da IACA, que representa 85 por cento da produção em Portugal, vendem a quase totalidade dos seus produtos no mercado nacional, exportado somente uma “pequena quantidade” para Espanha.

Mas, a matéria-prima que utilizam vão buscá-la praticamente toda ao estrangeiro já que as importações atingem 90 por cento do total.

“Não produzimos cereais, como milho ou trigo, nem soja ou girassol suficientes” para abastecer as necessidades da indústria dos alimentos compostos para animais, explicou Pedro Corrêa de Barros.

A IACA vai organizar o 24º Congresso da Federação Europeia de Fabricantes de Alimentos Compostos para Animais, um evento que deverá ter cerca de 200 participantes e vai promover o sector português a nível internacional.

A escolha de Portugal para a realização do encontro é justificada pelo responsável com “o prestígio que o país vai tendo a nível internacional”, nomeadamente nesta área de actividade.

A presidência da União Europeia, que será da responsabilidade de Portugal no segundo semestre, também foi uma razão forte para chamar a atenção sobre o país, reconhece Pedro Corrêa de Barros.

Além dos 200 congressistas de 27 países (24 membros da federação europeia e três na qualidade de observadores), a organização do congresso espera ter a presença de oradores dos EUA e Brasil, onde a indústria de alimentos para animais tem grande importância, de responsáveis da Comissão Europeia e de técnicos especializados na área.

O Congresso vai realizar-se no Porto, na Fundação Serralves, entre 13 e 17 de Junho e terá a presença do ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Jaime Silva, na sessão inaugural.

Sob o tema “A indústria da alimentação animal no século XXI – realidade e perspectivas” irão ser discutidos e analisados assuntos que marcam actualmente a actividade destas empresas.

Corrêa de Barros salienta o impacto das alterações previstas para a Política Agrícola Comum (PAC) e as consequências das negociações na Organização Mundial de Comércio, mas acrescenta a evolução na segurança alimentar e a simplificação da legislação europeia, um factor determinante para a competitividade do sector da produção de alimentos para animais a nível mundial.

Fonte: Agroportal

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