O fogo que está circunscrito na serra de S. Luís, Odemira, destruiu “cerca de 350 hectares”, 100 dos quais no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV), revelou à agência Lusa o director do organismo.
Segundo João Nunes, responsável pelo Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV), os outros 250 hectares situam-se em zona da Rede Natura, igualmente protegida oficialmente.
“O levantamento mais exaustivo ainda está a ser efectuado, mas posso adiantar que foram consumidos perto de 350 hectares, sobretudo de eucaliptal e pinhal”, revelou.
Desse total, sublinhou, “uma centena de hectares está dentro dos limites do PNSACV, enquanto que os restantes pertencem a zonas classificadas como Rede Natura”.
Além deste balanço da área ardida, o director do organismo garantiu à Lusa que, em termos de conservação da natureza, os impactos “não são muito grandes”.
“O que ardeu não é muito importante para a conservação da natureza porque trata-se, sobretudo, de pinheiros e eucaliptos. Os impactos são maiores para a economia local, mas ainda estamos a averiguar se arderam sobreiros”, assegurou.
Instado pela Lusa sobre as alegadas suspeitas do fogo poder ter tido origem criminosa, o director do PNSACV escusou- se a adiantar pormenores: “As suspeitas existem, mas não há dados novos”.
O alerta para o incêndio florestal, que começou há mais de 24 horas, partiu, segundo João Nunes, “de uma das torres de vigilância instaladas no PNSACV, localizada na serra de S. Luís”.
“Além disso, a nossa brigada móvel – viatura equipada com um kit e com elementos do parque que está em permanente deslocação dentro da área – também deu o alerta”, frisou.
O combate às chamas, a cargo de 145 bombeiros e 43 veículos, foi hoje de manhã reforçado com um helicóptero do Serviço Nacional de Bombeiros, habitualmente estacionado em Loulé, no Algarve.
O fogo deflagrou numa mata de eucaliptos novos, na zona de S. Luís, Odemira, e está circunscrito.
A Polícia Judiciária (PJ) e a GNR estão a investigar as causas do fogo desde quarta-feira, por existirem suspeitas de origem criminosa, embora não revelem dados concretos sobre a confirmação dessa hipótese, apurou já hoje a Lusa junto de fontes policiais e dos bombeiros.
Fonte: Lusa