Gripe das aves: Mais de 1.500 animais suspeitos recolhidos em Março

Mais de 1.500 animais suspeitos de terem morrido devido a gripe das aves foram recolhidos em Março pelo SEPNA – Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR, disse hoje à Lusa fonte desta força especializada.

«Recolhemos no mês passado 1.623 animais mortos, a grande maioria aves, mas também outros predadores como gatos», afirmou Jorge Amado, porta-voz do SEPNA.
Este é o primeiro balanço de animais recolhidos pelo SEPNA devido à gripe das aves, uma vez que só em finais de Fevereiro o governo centralizou estas operações ao nível da GNR naquela força especializada.

Os animais são recolhidos por pessoal especializado da GNR, com equipamento adequado ao eventual contacto com o vírus H5N1, e são enviados para os veterinários municipais que seleccionam os animais destinados a análise no Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, em Lisboa.

«Grande parte dos animais recolhidos partem de uma denúncia, geralmente de um particular que avista uma ave morta. Lisboa, Porto e Algarve são os locais onde têm sido feitas mais recolhas pelo SEPNA», adiantou Jorge Amado.

Mas muitos dos contactos feitos junto do SEPNA, geralmente pelo telefone, são falsas denúncias.

«Chegamos a receber pedidos de pessoas que atropelaram uma ave a solicitar a sua recolha ao SEPNA. Também nas grandes cidades, os pombos mortos têm sido um forte motivo de denúncia, quando já se sabe que essas mortes já ocorriam com muita frequência», explicou.

As aves que estão em contacto com zonas de aves selvagens ou migradoras são a principal preocupação do SEPNA, pois têm maior probabilidade de poderem ter sido infectadas pelo vírus da gripe aviária.

Desde Janeiro, o Ministério da Agricultura já realizou 2.164 análises a aves e o resultado foi negativo em todas.

Na Europa os focos de infecção do H5N1 em aves têm ocorrido especialmente na Alemanha e França.

A manterem-se esses focos de infecção, as aves terão grandes probabilidades, devido à sua rota migratória, de contactarem com o vírus e serem infectadas, razão porque são também recolhidas em Portugal aves mortas para análise.

Fonte: Diário Digital

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