Gripe das Aves: Dez Mil Tratamentos Chegam para a Semana, Resistência Aumenta

O director-geral da Saúde anunciou ontem que na próxima semana chegarão a Portugal dez mil tratamentos contra uma eventual pandemia de gripe das aves nos humanos e revelou que a resistência a estes tratamentos subiu para 17 por cento.

Francisco George fez estas revelações durante uma audição conjunta da Comissão Parlamentar de Saúde e da sub-Comissão de Agricultura sobre a gripe das aves, onde pela primeira vez e, falando a título pessoal, estimou que a pandemia deverá chegar a Portugal entre os próximos seis meses e seis anos.

Os dez mil tratamentos (100 mil cápsulas) deverão chegar a Portugal na próxima semana e têm a validade de três anos, tendo custado ao Estado 184.695 euros.

Estes medicamentos vêm juntar-se às 10 mil cápsulas que já se encontram em Portugal e que asseguram mil tratamentos, embora a validade destes medicamentos caduque dentro de um ano.

Francisco George esclareceu ainda que os 2,5 milhões de tratamentos encomendados ao único laboratório que comercializa este anti-viral (Oseltamivir) e cuja aquisição foi decidida em Conselho de Ministros, deverá chegar a Portugal antes do final do primeiro semestre de 2006.

Estes medicamentos – que no total custaram ao Estado 25 milhões de euros – chegarão a Portugal em pó, estando a Direcção-Geral da Saúde (DGS) a equacionar a melhor forma de os distribuir, caso venham a ser necessários.

A DGS tem de encontrar frascos em quantidade suficiente e escolher ainda a melhor forma de os distribuir.

Decidido está, segundo Francisco George, que este medicamento será distribuído gratuitamente ou mediante o pagamento de uma taxa moderadora.

As preocupações da DGS voltam-se agora para novos dados sobre a resistência ao medicamento, a qual aumentou e situa-se agora nos 17 por cento e que, por isso, “há tratamentos que podem ser feitos sem eficácia”.

Contudo, Francisco George adiantou que está a ser equacionada a adição de outras substâncias ao Oseltamivir, visando uma maior eficácia, o que não deverá ser problema para Portugal, onde é fabricada uma dessas substâncias.

Fonte: Lusa

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