FAO prevê aumento de 2% na produção mundial

Segundo a FAO, no seu “Food Outlook” de Junho, a produção mundial de leite em 2010 deverá alcançar 712 milhões de toneladas, um aumento de dois por cento frente ao ano passado, sendo que esse crescimento pode situar-se acima de três por cento em países em desenvolvimento, especialmente na Ásia.

Por seu lado, a produção deve manter-se estável nos países desenvolvidos. Na Argentina, Austrália, Nova Zelândia e União Europeia, alguns dos mais importantes exportadores de lácteos, a produção deve manter-se constante.

Na Ásia, a previsão de crescimento é de quatro por cento, para 262 milhões de toneladas. E apesar do El Niño, as condições climatéricas foram favoráveis. A produção na Índia foi revista em alta, acima da previsão de Novembro de 2009, e deve crescer seis por cento. Na China, o equilíbrio entre a oferta e a procura está a ser recuperado à medida que a confiança dos consumidores volta a melhorar, após o escândalo da melamina em 2008. A produção no país deve crescer numa percentagem próxima dos seis por cento, em virtude dos baixos preços pagos aos produtores e da restrição da oferta de alimentação animal.

Em África, a produção de leite continua estagnada para o ano de 2010. No África OCidental, os rebanhos foram afectados negativamente por causa das secas. Na metade Leste do continente, as condições climatéricas também têm afectado as pastagens e a disponibilidade de água, restringindo a produção de leite.

Na América do Norte, segundo informação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção de leite dos EUA foi estimada em 86 milhões de toneladas, justificada pela melhoria da relação de troca do preço da ração por quilo de leite produzido e uma redução na taxa de abates de vacas.

A produção na Europa segue a previsão de estagnação para 2010, já que os produtores europeus e comerciantes de produtos lácteos ainda estão a adaptar-se às novas condições do mercado, como a dissociação dos subsídios aos produtores e regulação das quotas de produção. Na Rússia e Ucrânia, o frio tem afectado o desenvolvimento das pastagens, e por consequência, a produção de leite.

Na América do Sul, onde os sistemas de produção a base de pastos prevalecem, estima-se que a produção deva crescer 1,3 por cento, totalizando 60 milhões de toneladas. Na Argentina e Uruguai, apesar das condições de clima favoráveis, é esperado um decréscimo na produção em função dos altos preços da alimentação e baixos preços aos produtores. Já a produção brasileira deve apresentar uma leve subidaa em relação a 2009.

Por fim, na Oceânia, em virtude da seca causada pelo El Niño, a produção de leite para a campanha 2009/2010, terminada em 31 de Maio, deve ser menor que as 26 milhões de toneladas produzidos na campanha anterior. É previsto um crescimento de um por cento na produção neozelandesa, enquanto a produção australiana deve apresentar um recuo de seis por cento.

Fonte: Anil

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